Agora estou em Gulu, no norte de Uganda. Internet e tempo livre tem sido artigos raros, por isso o silêncio por aqui. Meu dia hoje não rendeu porque não tínhamos eletricidade. Agora são três da manhã e eu queria escrever aqui, mas quem tá sem energia agora sou eu. Fica pra próxima, me desculpem.
(Mas vocês também podem acompanhar detalhes mais técnicos aqui)
terça-feira, 26 de junho de 2012
domingo, 17 de junho de 2012
Transporte em Kampala
Kampala não tem linhas de ônibus como na Finlândia. Também não tem bondes, muito menos metrô. Locomoção a grandes distâncias acontece de carro, táxi ou boda-boda.
Por aqui se usa mão-inglesa, ou seja, os carros dirigem na esquerda. Paulistano que sou, não me impressiono fácil com trânsito, mas o fato é que dirigir um carro ou qualquer outra coisa por aqui requer um nível considerável de habilidade. "Caos" é uma boa definição pro que se vê, mas mesmo assim em um total de três semanas em Uganda não vi nenhum acidente.
Se você tiver os telefones certos, é possível chamar um motorista que te leva pra onde quiser, exatamente como um táxi tradicional. Sim, porque o que se chama de "táxi" por aqui são na verdade vans que operam como o que se esperaria de um ônibus urbano: eles saem de um ponto A e vão até um ponto B, pegando e deixando pessoas pelo caminho.
Mas o mais pitoresco são os boda-bodas. Eles são na verdade uma espécie de moto-táxi. Ficam esperando clientes e quando vêem algum candidato já saem gritando tentando chamar atenção (especialmente se for um gringo). Isso quando não saem pilotando a moto pra cima de você.
Por aqui se usa mão-inglesa, ou seja, os carros dirigem na esquerda. Paulistano que sou, não me impressiono fácil com trânsito, mas o fato é que dirigir um carro ou qualquer outra coisa por aqui requer um nível considerável de habilidade. "Caos" é uma boa definição pro que se vê, mas mesmo assim em um total de três semanas em Uganda não vi nenhum acidente.
Se você tiver os telefones certos, é possível chamar um motorista que te leva pra onde quiser, exatamente como um táxi tradicional. Sim, porque o que se chama de "táxi" por aqui são na verdade vans que operam como o que se esperaria de um ônibus urbano: eles saem de um ponto A e vão até um ponto B, pegando e deixando pessoas pelo caminho.
Mas o mais pitoresco são os boda-bodas. Eles são na verdade uma espécie de moto-táxi. Ficam esperando clientes e quando vêem algum candidato já saem gritando tentando chamar atenção (especialmente se for um gringo). Isso quando não saem pilotando a moto pra cima de você.
terça-feira, 12 de junho de 2012
Barreiras para imigração
O voo saindo de Helsinki atrasou e acabamos perdendo nossa conexao em Londres. A British Airlines nos providenciou hotel e transporte, e aqui estamos esperando o proximo voo para Entebbe, esta noite.
Logico que eu preferia a esta hora estar em Kampala fazendo o que me preparei para fazer, mas acho que de tudo o que aconteceu, a unica coisa que realmente me incomodou foi a imigracao para entrar no Reino Unido.
Tudo que precisamos fazer eh mostrar o passaporte, mas isso parece uma tarefa imensa. O clima é intimidador. Voce se sente o tempo todo sendo questionado "O que voce pensa que veio fazer aqui?". Po, eu nem queria estar nesse pais estupido, desculpa ai o incomodo, chefia!
Mas o que realmente pega no brio sao os pequenos detalhes. Cidadaos europeus tem duas filas, obviamente quase vazias e andando rapido. O "resto" se junta em uma imensa fila de lesmas. Só tem ar condicionado do outro lado da "fronteira", e por isso durante uma hora ou mais voce é obrigado a esperar para ser interrogado suando como um porco. O que realmente me irritou foi o tratamento que deram a minha amiga chinesa. Ela precisaria de visto pra entrar no Reino Unido, e ela obviamente nao tinha, pois nao era para estarmos aqui agora. A companhia aerea providenciou um certificado explicando a situacao, algo que deveria ser rotineiro naquele enorme aeroporto...mas claro que isso nao era suficiente, e ela alem de ter que responder a inumeras perguntas sobre toda a vida dela e esperar ainda mais no canto, ainda teve que ouvir um "se eu nao gostar de voce, nao entra no Reino Unido, ta entendendo?".
Com as Olimpiadas chegando, se esse eh o tratamento que eles dao aos turistas, eu tenho ate medo de imaginar o que nao fazem com os que consideram "terroristas".
E frente a essa situacao ridicula, eu me pergunto: por que eles buscam tanta proteção? De quem é que eles tem tanto medo? De mim ou minha amiga não é. Honestamente, acho que eles tem medo é deles mesmos, medo de que os antigos pecados passem pelas grandes barreiras e voltem para os atingir.
Certas nações foram construídas em sangue, lágrimas e ouro roubado. Mas isso é passado. O futuro esta aí, para ser escrito, e não precisa ser da mesma forma. Se eles percebessem isso, talvez não precisassem mais de tantas proteções e barreiras.
Logico que eu preferia a esta hora estar em Kampala fazendo o que me preparei para fazer, mas acho que de tudo o que aconteceu, a unica coisa que realmente me incomodou foi a imigracao para entrar no Reino Unido.
Tudo que precisamos fazer eh mostrar o passaporte, mas isso parece uma tarefa imensa. O clima é intimidador. Voce se sente o tempo todo sendo questionado "O que voce pensa que veio fazer aqui?". Po, eu nem queria estar nesse pais estupido, desculpa ai o incomodo, chefia!
Mas o que realmente pega no brio sao os pequenos detalhes. Cidadaos europeus tem duas filas, obviamente quase vazias e andando rapido. O "resto" se junta em uma imensa fila de lesmas. Só tem ar condicionado do outro lado da "fronteira", e por isso durante uma hora ou mais voce é obrigado a esperar para ser interrogado suando como um porco. O que realmente me irritou foi o tratamento que deram a minha amiga chinesa. Ela precisaria de visto pra entrar no Reino Unido, e ela obviamente nao tinha, pois nao era para estarmos aqui agora. A companhia aerea providenciou um certificado explicando a situacao, algo que deveria ser rotineiro naquele enorme aeroporto...mas claro que isso nao era suficiente, e ela alem de ter que responder a inumeras perguntas sobre toda a vida dela e esperar ainda mais no canto, ainda teve que ouvir um "se eu nao gostar de voce, nao entra no Reino Unido, ta entendendo?".
Com as Olimpiadas chegando, se esse eh o tratamento que eles dao aos turistas, eu tenho ate medo de imaginar o que nao fazem com os que consideram "terroristas".
E frente a essa situacao ridicula, eu me pergunto: por que eles buscam tanta proteção? De quem é que eles tem tanto medo? De mim ou minha amiga não é. Honestamente, acho que eles tem medo é deles mesmos, medo de que os antigos pecados passem pelas grandes barreiras e voltem para os atingir.
Certas nações foram construídas em sangue, lágrimas e ouro roubado. Mas isso é passado. O futuro esta aí, para ser escrito, e não precisa ser da mesma forma. Se eles percebessem isso, talvez não precisassem mais de tantas proteções e barreiras.
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Até mais, Finlândia
So long, and thanks for all the fish.
Dentro de muito em pouco tempo embarco rumo à Pérola da África. Não sei com que frequência vou postar aqui, mas o nosso plano é atualizar diariamente o Blog e/ou Twitter, então pra quem tiver mais interessado (aquele beijo, mãe), sugiro que os visitem.
Dúvida pertinente: será que eu deveria mudar o nome do blog pra Ulado na Raganda?
Bônus: a passagem do tempo.
Dentro de muito em pouco tempo embarco rumo à Pérola da África. Não sei com que frequência vou postar aqui, mas o nosso plano é atualizar diariamente o Blog e/ou Twitter, então pra quem tiver mais interessado (aquele beijo, mãe), sugiro que os visitem.
Dúvida pertinente: será que eu deveria mudar o nome do blog pra Ulado na Raganda?
Bônus: a passagem do tempo.
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terça-feira, 5 de junho de 2012
O futuro
Escolhas, escolhas...eu não quis falar no outro post porque ainda não tinha certeza se ia acontecer. Mas agora as passagens já estão compradas, então posso compartilhar:
Segunda-feira (11 de junho) estou indo pra Uganda. Vou ficar lá pouco mais de um mês, volto pra Finlândia dia 15 de julho.
Quando escrevi o post passado, eu tava pensando não só em como o fato de ter seguido a banda mudou meu ano finlandês, mas também meu verão (que teoricamente era pra ser me bronzeando na Europa) e muito provavelmente meu futuro...porque meu objetivo pessoal nesse mês que está por vir é acertar os próximos passos para continuar o desenvolvimento do sistema de monitoramento remoto para latrinas.
Sistema de moni-o-quê?
Monitoramento remoto de latrinas.
Segunda-feira (11 de junho) estou indo pra Uganda. Vou ficar lá pouco mais de um mês, volto pra Finlândia dia 15 de julho.
Quando escrevi o post passado, eu tava pensando não só em como o fato de ter seguido a banda mudou meu ano finlandês, mas também meu verão (que teoricamente era pra ser me bronzeando na Europa) e muito provavelmente meu futuro...porque meu objetivo pessoal nesse mês que está por vir é acertar os próximos passos para continuar o desenvolvimento do sistema de monitoramento remoto para latrinas.
Sistema de moni-o-quê?
Monitoramento remoto de latrinas.
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